quarta-feira, 7 de outubro de 2020

As agruras do Aqui-Agora

 No silêncio do cansaço ponho ordem e me levanto

Levanto do sofá pesado, já não sou agora o que hoje eu fui.


Depois de ter estado no deserto do real, sendo um à mais dentre tantos

Volto para casa, cansado e cheio de gentes

Opiniões das pessoas, outras maneiras de fazer as mesmas coisas. Muita fala.

Cheio de palavras, cheio de cansaços, sento-me no sofá e descanso.


Olho o teto e vejo sombras. O vento balança a vela e do meu canto não me levanto.

Só cansaço. Nenhum lugar para preocupação nem considerações obscuras

Sombras balançando no teto só me fazem pensar em mais gentes

E só procuro silêncios.


Colégio-Escola Arcoverde




Imagem: https://atalmineira.files.wordpress.com/2020/07/passarinho.jpg?w=640