terça-feira, 28 de agosto de 2018

Insight - A vida é um pisca-pisca



Poetas, escritores, filósofos e, sobretudo, religiosos, têm seu conselho em face da morte. Todos nós temos nossa opinião para alguém num momento de enfrentamento de morte. Mas e como nós enfrentamos a vida diante de um caso próximo de morte? 

Fiquei pensando muito sobre isso nesses dias… 

E fiquei pensando muito sobre o que estou fazendo da minha vida.

O poeta Mário Quintana já nos ensinou que não há como falar em morte, em vida, sem falar em tempo. 

É ele, o tempo, o senhor de todos os nossos destinos, é o tempo que escorre entre nossos dedos e nos leva embora a vida, o nosso dever de casa, no poema “Tempo”:


A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, 
eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho 
a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente 
e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo 
que, infelizmente, nunca mais voltará.

(Mario Quintana)

E quando se vê, já se está partindo, já se está deixando amigos, amores, familiares, já se está deixando filmes sem ser vistos, livros não lidos, gostos não provados. 
É o tempo, que na mitologia, seus filhos engole sempre. Todos lembram-se de Cronos (que a teus filhos engolia)… E as Parcas? Conhecidas como as Moiras (na Grécia), são três deusas – Nona (Cloto), Décima (Láquesis) e Morta (Átropos) – que determinam o curso da vida humana, decidindo questões como vida e morte, de maneira que nem Júpiter (Zeus) pode contestar suas decisões. Nona tece o fio da vida, Décima cuida de sua extensão e caminho, Morta corta o fio. São também designadas fates, daí o termo fatalidade.

É o tempo que, no romance Os Maias (e nas nossas vidas!), desgasta Alencar, engorda Carlos, encalvece João da Ega, torna grisalho o Taveira, e faz o Craft “avelhado” e doente do fígado. Enfim, desgasta, engorda, encalvece, dissipa, se esvai.

Neste romance, é o tempo também que modifica a atitude das personagens, que traz consigo a recordação de um espaço carregado de objetos que são vestígios dum mundo agora estranho, abandonado, misturado, coberto de pó, com estragos e em meio a sombras, que traduz a destruição de todos os sentimentos, a morte total advinda do tempo. Morte manifesta também na ferrugem verde que cobre a estátua de Vênus, no Jardim, e o pó no retrato de Pedro da Maia. Com isso, um ciclo está fechado, tudo acabou de vez. Ou, nas palavras de Carlos: “Um efeito de conclusão, de absoluto remate”.

O poeta “Boca do Inferno”, Gregório de Matos, também traz uma reflexão sobre a brevidade da vida no soneto a seguir:


Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.

(Gregório de Matos)

Cada tempo tem sua ideia sobre o passar da vida, sobre o chegar da morte. Da Idade Média à contemporaneidade, passando pelo Renascimento e, principalmente pelo Romantismo, a morte está na agenda das discussões.

E volto à reflexão primeira sobre o que faço do meu dever de casa, da vida, breve, que tenho só minha… bem, sigo piscando, tecendo meu rosário de piscadas, como nos ensina Lobato, por meio de Emília, nas suas memórias:


(Emília) –  A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. 
A gente nasce, isto é, começa a piscar. 
Quem pára de piscar chegou ao fim, morreu. 
Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. 
É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais […] 
A vida das gentes neste mundo, senhor Sabugo, é isso. 
Um rosário de piscados. Cada pisco é um dia. 
Pisca e mama, pisca e brinca, pisca e estuda, 
pisca e ama, pisca e cria filhos, pisca e geme os reumatismos, 
e por fim pisca pela última vez e morre. 
– E depois que morre?, perguntou o Visconde. 
– Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?


A Vida é um Pisca-Pisca

Mitakuye Oyasin - "Tudo está relacionado à existência de todos"




Aho!
 Mitakuye Oyasin!

Todas as minhas relações. 
Tudo está relacionado à existência de todos.
Eu honro vocês neste círculo da vida comigo hoje.  
Eu sou grato por esta oportunidade de reconhecer vocês nessa oração.

 Para o Criador, 
pelo dom supremo da vida, eu agradeço!

 Para a Nação Mineral 
que tem construído e mantido meus ossos 
e todas as fundações de experiência de vida, 
eu agradeço!

 Para a Nação Planta 
que sustenta meus órgãos e o meu corpo 
e me dá ervas para cura das doenças, 
eu agradeço!

 À Nação Animal 
que me alimenta de tua própria carne, 
e oferece sua companhia fiel nesta caminhada da vida, 
eu agradeço!

 Para a Nação Humana 
que compartilha meu caminho como uma alma 
sobre a roda sagrada da vida terrena, 
eu agradeço!

 Para a Nação Espírito 
que me guia invisível através dos altos e baixos da vida 
e para transportar o facho de luz através dos tempos.  
Agradeço a você!

 Aos Quatro Ventos de mudança e crescimento, 
eu agradeço!

"Tudo está relacionado à existência de todos"
Vocês são todos meus parentes, 
meus parentes, sem os quais eu não viveria.  
Nós estamos no círculo da vida em conjunto, 
coexistentes, co-dependentes, co-criamos nosso destino.  
Um não é mais importante que o outro.

Uma nação em desenvolvimento a partir do outro 
e ainda depende de cada um acima e de cada um abaixo. 
Todos nós, uma parte do Grande Mistério.
Obrigado por esta vida.
Obrigado por todas as nossas relações.




sexta-feira, 10 de agosto de 2018

ORAÇÃO DO ARCANJO MIGUEL

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“Eu apelo ao Cristo para acalmar meus medos e para apagar todo o mecanismo de controle externo que possa interferir com esta cura. Eu peço ao meu Eu Superior que feche a minha aura e estabeleça um canal Crístico para os propósitos da minha cura, para que só as energias Crísticas possam fluir até mim. Não se poderá fazer outro uso deste canal que não seja para o fluxo de energias Divinas.”

“Agora apelo ao Arcanjo Miguel da 13a Dimensão que sele e proteja completamente esta sagrada experiência. Agora apelo ao Círculo de Segurança da l3a dimensão para que sele, proteja e aumente completamente o escudo de Miguel Arcanjo, assim como para que remova qualquer coisa que não seja de natureza Crística e que exista atualmente dentro deste campo. Agora apelo aos Mestres Ascensionados e aos nossos assistentes Crísticos para que removam e dissolvam completamente todos e cada um dos implantes e suas energias semeadas, parasitas, armas espirituais e dispositivos de limitação auto-impostos, tanto conhecidos como desconhecidos. Uma vez completado isto apelo pela completa restauração e reparação do campo de energia original, infundido com a energia dourada de Cristo”.

“Eu Sou livre! Eu Sou livre! Eu Sou livre! Eu Sou livre! Eu Sou livre! Eu Sou livre! Eu Sou livre!”

“Eu, o ser conhecido como (declare seu nome) nesta encarnação particular, por este meio revogo e renuncio a todos e cada um dos compromissos de fidelidade, votos, acordos e/ou contratos de associação que já não servem ao meu bem mais elevado, nesta vida, vidas passadas, vidas simultâneas, em todas as dimensões, períodos de tempo e localizações. Eu agora ordeno a todas as entidades (que estão ligadas com estes contratos, organizações e associações às que agora ¬renuncio) que cessem e desistam e que abandonem meu campo de energia agora e para sempre, e em forma retroativa, levando seus artefatos, dispositivos e energias semeadas.”

“Para assegurar isto, eu agora apelo ao sagrado espírito Shekinah para que seja testemunha da dissolução de todos os contratos, dispositivos e energias semeadas que não honram à Deus. Isto inclui todas as alianças que não honram à Deus como Ser Supremo. Ademais, eu peço que o Espírito Santo “testemunhe” esta liberação completa de tudo que infringe a vontade de Deus. Eu declaro isto adiante e retroativamente. E assim seja.”

“Eu agora volto a garantir minha aliança com Deus através do domínio do Cristo e a dedicar meu ser inteiro, meu ser físico, mental, emocional e espiritual à vibração de Cristo, desde este momento em diante e em retroativo. Mais ainda, dedico a minha vida, meu trabalho, tudo que penso, digo e faço, e todas as coisas que em meu ambiente ainda me servem, à vibração de Cristo também.”

“Ademais, dedico meu ser à minha própria maestria e ao caminho da ascensão, tanto do planeta como o meu. Havendo declarado tudo isto eu agora autorizo ao Cristo e ao meu próprio Ser Superior para que faça mudanças em minha vida para acomodar esta nova dedicação e peço ao Espírito Santo que testemunhe isto também. Eu declaro isto à Deus. Que seja escrito no Livro da Vida. Que assim seja. Graças a Deus.”

“Ao Universo e à Mente de Deus inteira e a cada ser Nela contido, a todos os lugares onde tenha estado, experiências das quais tenha participado e a todos os seres que necessitam desta cura, sejam conhecidos ou desconhecidos de mim, qualquer coisa que se mantenha entre nós, eu agora curo e perdoo. Eu agora apelo ao Santo Espírito Shekinah, ao Senhor Metatron, ao Senhor Maitreya e a Saint Germain para que ajudem e testemunhem esta cura. Eu os perdoo por tudo o que necessite ser perdoado entre vocês e eu. Eu lhes peço que me perdoem, por tudo que necessite ser perdoado entre vocês e eu. O mais importante, eu me perdoo a mim mesmo, por tudo o que necessite ser perdoado entre minhas encarnações passadas e o meu Ser Superior.”

“Estamos agora coletivamente curados e perdoados, curados e perdoados, curados e perdoados. Todos estamos agora elevados a-nossos seres Crísticos. Nós estamos plenos e rodeados com o amor dourado de Cristo. Nós estamos plenos e rodeados da dourada luz de Cristo. Nós somos livres de todas as vibrações de terceira e quarta vibrações de dor, medo e ira. Todos os portões e laços psíquicos unidos a estas entidades, dispositivos implantados, contratos ou energias semeadas, estão agora liberados e curados. Eu agora apelo a Saint Germain para que transmute e retifique com a Chama Violeta todas as minhas energias que me foram tiradas e as retome a mim agora em seu estado purificado”.

“Uma vez que estas energias regressaram a mim, eu peço que estes canais através do quais se drenava a minha energia, sejam dissolvidos completamente. Eu peço ao Senhor Metatron que nos libere das cadeias da dualidade. Eu peço que o selo do Domínio do Cristo seja colocado sobre mim. Eu peço ao Espírito Santo que testemunhe que isto se cumpre. E assim é.”

“Eu agora peço ao Cristo que esteja comigo e cure minhas feridas e cicatrizes. Eu também peço ao Arcanjo Miguel que me marque com seu selo, que eu seja protegido (a) para sempre das influências que m impedem de fazer a vontade do Nosso Criador.”

“E assim seja! Eu dou graças a Deus, aos mestres Ascensionados, ao comando Ashtar Sheran, aos Anjos e Arcanjos e todos os demais que têm participado nesta cura e elevação contínuo do meu ser. Sela! 
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do universo! 
Kodoish, Kodoish, Kodoish, Adonai Tsebayoth!”


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ORAÇÃO DO ARCANJO MIGUEL PARA LIMPEZA ESPIRITUAL EM 21 DIAS






Arcanjo Miguel psicografado por Greg Mize: https://www.selfgrowth.com


Oração e Video by:  http://www.wemystic.com.br/

Imagens by: Google Search

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Sintaxe I e II

Sintaxe

Um homem contemplando suas equações
disse que o universo teve um começo.
Existiu uma explosão, disse ele.
Um senhor estrondo, e nasceu o universo.
E o universo ainda está em expansão, disse ele.
Ele calculou até mesmo a duração de sua vida:
dez bilhões de revoluções da Terra ao redor do sol.
Todo o globo aplaudiu;
Acharam tais cálculos cientificamente certos.
Ninguém percebeu que, propondo um início para o universo,
o homem simplesmente refletiu a sintaxe de sua língua pátria;
uma sintaxe que exige começos, como um nascimento,
e desenvolvimento, como maturação,
e um final, como a morte, para a realização de qualquer evento.
O universo teve um início,
e está envelhecendo, garantiu-nos tal homem,
e ele irá morrer, já que tudo morre,
como ele mesmo morreu depois de confirmar matematicamente
a sintaxe de sua língua pátria.


Sintaxe II

O universo teve realmente um começo?
A teoria do “big-bang” é realmente correta?
Essas não são perguntas, embora pareçam ser.
A sintaxe que exige começo, desenvolvimento
e término para a descrição de fatos é realmente a única que existe?
Essa é a questão real.
Existem outras sintaxes.
Existe uma, por exemplo, que indica a variação
de intensidade como um fato.
Nessa sintaxe nada tem um começo ou um fim;
desse modo, o nascimento não é algo claro e definido,
mas um tipo específico de intensidade,
do mesmo modo que o amadurecimento e a morte.
Um homem que use tal sintaxe, contemplando suas equações, descobre que
calculou suficientes variações de intensidade
e pode então dizer com autoridade
que o universo não teve um início
e não terá um fim,
mas que ele sempre existiu, existe e existirá
através de intermináveis flutuações de intensidade.
Tal homem pode muito bem concluir que o próprio universo
é a carruagem da intensidade
e que é possível abordá-la
para viajar por caminhos que modificam-se incessantemente.
Ele irá descobrir tudo isso, e muito mais,
talvez sem nunca perceber
que está simplesmente confirmando
a sintaxe de sua língua pátria.

Carlos Castañeda, "O LADO ATIVO DO INFINITO" 

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"Por as Palavras a Andar" - O Caminho da Beleza


Diz a sabedoria indígena

que quando não cumprimos aquilo que prometemos, 

o fio de nossa ação 

que deveria estar concluída e amarrada em algum lugar 

fica solto ao nosso lado.


Com o passar do tempo, 

os fios soltos enrolam-se em nossos pés 

e impedem que caminhemos livremente. 

Ficamos amarrados às nossas próprias palavras.


Por isso os nativos têm o costume de: 

"por as palavras a andar". 

Isso significa agir de acordo com o que se fala.

Conduz à integridade entre o pensar, o sentir 

e o agir no mundo 

e nos conduz ao Caminho da Beleza 

onde há harmonia e prosperidade naturais.