sexta-feira, 19 de maio de 2017

A arte do arco-e-flecha

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No Japão, um professor estava aprendendo a arte do arco-e-flecha com um mestre Zen. 


Ele se tornou perfeito, 100% perfeito, não errava nenhum alvo.

Naturalmente, ele disse ao mestre: 


- Agora o que resta aprender aqui? Posso ir embora agora?


O mestre respondeu: 

-Você pode ir, mas não aprendeu nem o bê-á-bá da minha arte


- O bê-á-bá da sua arte? Mas eu sempre acerto o alvo!

- Quem está falando em alvo? 

Qualquer tolo pode fazer isso, basta praticar.  Isso não tem nada de mais; agora é que começa a verdade. 


Quando o arqueiro pega o arco e a flecha e mira o alvo,  há três coisas aí: 

uma é o arqueiro, 
o mais fundamental e básico, a fonte, a essência; 

há a flecha, 
o que passará do arqueiro para o alvo; 

e depois há o "olho do touro", 
o alvo, o ponto mais distante. 


Se você acertou o alvo, atingiu o mais distante, tocou na periferia. 
Você precisa tocar na fonte;  você se tornou tecnicamente um especialista em atingir o alvo;  mas, se estiver tentando penetrar nas águas mais profundas isso não é muito. 


Você é um especialista, é uma pessoa de conhecimento, mas não de sabedoria. 

A flecha se movimenta a partir de você, mas você não sabe de que fonte vem a energia que a movimenta, com qual energia. 
Como ela se movimenta? 
Quem a está movimentando? 
Você não sabe isso, não conhece o arqueiro.


Você praticou o arco-e-flecha, o alvo você acertou, 
sua pontaria foi 100% perfeita, 
você se tornou eficiente com um nível de perfeição de 100%, 
mas isso se refere ao alvo. 


E você? E o arqueiro? 
Alguma coisa aconteceu no arqueiro? 
Sua consciência mudou um pouco? 
Não, nada mudou. Você é um técnico e não um artista.


Você vê as flores de uma árvore, 
mas esse não é o conhecimento real, 
a menos que você penetre fundo e conheça as raízes. 

As flores dependem das raízes; elas nada mais são do que a expressão da essência das raízes. 
As raízes estão carregando a poesia, a fonte, a seiva que se tornarão as flores, que se tornarão os frutos, que se tornarão as folhas. 
E, se você contar continuamente somente com as flores, os frutos e as flores e nunca penetrar na escuridão da terra, nunca entenderá a árvore, pois a árvore está nas raízes.

By Sergio Naguel

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quinta-feira, 4 de maio de 2017


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“We do our twenty minutes of meditation a day in the hope that,

properly stilled,

our minds will stop

just reflecting back to us the confusion and multiplicity of our world

but will turn to a silvery mist

like Alice’s looking glass

that we can step through

into a world where the beauty that sleeps in us will come awake at last.

We send scientific expeditions to Loch Ness 


because if the dark and monstrous side of fairy tales can be proved to exist,

who can be sure that the blessed side doesn’t exist, too?

I suspect that the whole obsession of our time with the monstrous in general

—with the occult and the demonic,

with exorcism and black magic

and the great white shark

—is at its heart only the shadow side of our longing for the beatific,

and we are like the knight in Ingmar Bergman’s film The Seventh Seal,

who tells the young witch about to be burned at the stake

that he wants to meet the devil her master, and when she asks him why,

he says, “I want to ask him about God. He, if anyone, must know.”



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"Nós fazemos nossos vinte minutos de meditação por dia na esperança de que,

adequadamente acalmados,

nossas mentes vão parar

apenas refletindo de volta para nós a confusão e multiplicidade de nosso mundo

mas se transformará em uma névoa prateada

como o espelho de Alice

que podemos atravessar

em um mundo onde a beleza que dorme em nós virá acordado finalmente.

Nós enviamos expedições científicas ao Loch Ness porque se o lado escuro e 

monstruoso dos contos de fadas puder ser provado existir,

Quem pode ter certeza de que o lado abençoado também não existe?

Eu suspeito que toda a obsessão do nosso tempo com o monstruoso em geral

- com o oculto e o demoníaco,

Com exorcismo e magia negra

E o grande tubarão branco

- está em seu coração apenas o lado sombrio de nosso anseio pelo beatífico,

E somos como o cavaleiro no filme de Ingmar Bergman, O Sétimo Selo,

Que diz à jovem bruxa prestes a ser queimada na fogueira

Que ele quer encontrar o diabo seu mestre, e quando ela lhe pergunta por que,

Ele diz: "Quero perguntar a Deus sobre Deus. Ele, se alguém, deve saber.


Frederick Buechner 
Listening to Your Life: Daily Meditations with Frederick Buechne





tradução by: https://translate.google.com.br

texto recebido de Mikaela Övén via GMail


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Morte e Vida Severina - Prólogo






O RETIRANTE EXPLICA AO LEITOR QUEM É E A QUE VAI


— O meu nome é Severino, 

não tenho outro de pia. 

Como há muitos Severinos, 

que é santo de romaria, 

deram então de me chamar 

Severino de Maria 

como há muitos Severinos 

com mães chamadas Maria, 

fiquei sendo o da Maria 

do finado Zacarias. 


Mais isso ainda diz pouco: 

há muitos na freguesia, 

por causa de um coronel 

que se chamou Zacarias 

e que foi o mais antigo 

senhor desta sesmaria. 


Como então dizer quem falo 

ora a Vossas Senhorias? 

Vejamos: é o Severino 

da Maria do Zacarias, 

lá da serra da Costela, 

limites da Paraíba. 


Mas isso ainda diz pouco: 

se ao menos mais cinco havia 

com nome de Severino 

filhos de tantas Marias 

mulheres de outros tantos, 

já finados, Zacarias, 

vivendo na mesma serra 

magra e ossuda em que eu vivia. 


Somos muitos Severinos 

iguais em tudo na vida: 

na mesma cabeça grande 

que a custo é que se equilibra, 

no mesmo ventre crescido 

sobre as mesmas pernas finas 

e iguais também porque o sangue, 

que usamos tem pouca tinta. 


E se somos Severinos 

iguais em tudo na vida, 

morremos de morte igual, 

mesma morte severina: 

que é a morte de que se morre 

de velhice antes dos trinta, 

de emboscada antes dos vinte 

de fome um pouco por dia 

(de fraqueza e de doença 

é que a morte severina 

ataca em qualquer idade, 

e até gente não nascida). 


Somos muitos Severinos 

iguais em tudo e na sina: 

a de abrandar estas pedras 

suando-se muito em cima, 

a de tentar despertar 

terra sempre mais extinta, 


a de querer arrancar 

alguns roçado da cinza. 

Mas, para que me conheçam 

melhor Vossas Senhorias 

e melhor possam seguir 

a história de minha vida, 

passo a ser o Severino 

que em vossa presença emigra. 







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